No início, eram feras. Bestas possantes, de cornos afiados e uma força assustadora. A sua figura foi gravada, pelo homem pré-histórico, até, nas rochas do Vale do Côa. Nesses tempos, muitos acreditavam que a sua força descomunal só podia ter uma origem divina. As raças autóctones que ainda sobrevivem nas planícies e montanhas portuguesas são testemunhos vivos de uma herança natural e rural única. O regresso do grande auroque pode estar para breve, graças a um ambicioso e controverso projecto científico europeu. E, quando isso suceder, um dos contributos genéticos mais importantes será de uma das nossas raças autóctones.