Estes valores representam uma queda de 1,7 por cento em relação à colheita recorde de 2013, mas ainda seria a segunda maior da história, de acordo com a Nota Informativa sobre a oferta e a procura de cereais, publicada pela FAO.
Com a maior parte dos cereais secundários e arroz ainda por plantar, é demasiado cedo para avançar com um prognóstico preliminar da produção mundial de cereais em 2014. Em relação a 2013, a última estimativa da produção situa-se num valor recorde de 2,515 milhões de toneladas, incluindo o arroz branqueado, mais 13 milhões que as estimativas de Fevereiro e cerca de nove por cento superior ao nível do ano anterior.
O último ajuste em alta deve-se, sobretudo, a uma importante revisão das estimativas para a Austrália e, em parte, também à verificação em alta dos dados sobre o trigo e cereais secundários na China.
O aumento previsto para a produção mundial de cereais em 2013 resultou em preços mais acessíveis que, por sua vez, impulsionam a utilização e o comércio de cereais em 2013/2014, e também ajudam a repor as reservas mundiais. Como resultado, a relação entre existências e utilização de cereais estima-se que se aproxime dos 24 por cento em 2014, o seu nível mais alto desde 2002/2003.
Por outro lado, a nova informação do “Market Monitor”, do Sistema de Informação sobre Mercados Agrícolas (AMIS, sigla em inglês), assinala que «enquanto o aumento de tensões geopolíticas na região do Mar Negro reforçam criam mais incertezas nos mercados, as colheitas recorde em vários países importantes produtores aumentam o fornecimento e dão lugar a existências mundiais muito mais altas em 2014, de milho, trigo, arroz e soja».
As perspectivas para a soja mantêm-se favoráveis enquanto as condições na América do Sul se deterioram devido às condições meteorológicas adversas.
Fonte: Agrodigital / CONFAGRI