A carne é um produto muito “frágil”, cuja qualidade poderá ser afetada por qualquer falha durante o processamento, embalamento, distribuição ou manipulação no ponto de venda. Uma falha na deteção de organismos patogénicos pode ter um efeito mau na perceção dos consumidores e um impacto negativo na sua saúde. Estes problemas são, além disso, bastante relevantes para a indústria cárnica, já que a frescura do produto é um atributo de qualidade relacionado com o preço de venda final.
O projecto Toxdtect tem como objetivo desenvolver uma solução inovadora de embalagem para carne fresca de bovino que avalia a sua qualidade e prediga a vida útil restante. O sistema consistirá numa matriz de sensores passivos incorporados no filme de embalamento, conectados a um dispositivo de lçeitura.
Os sensores medirão a presença e concentração de vários compostos orgânicos voláteis (VOCs) representativos da qualidade da carne e enviarão estes dados ao leitor. Um software inteligente analisará a informação e determinará a qualidade da carne e o tempo previsto para a sua boa conservação.
Trata-se de um método fiável que proporcionará uma rotulagem clara e reduzirá os riscos alimentares provocados por embalamento defeituoso ou manipulação correta na cadeia de distribuição.
O projeto Toxdtect é impulsionado por um consórcio europeu integrado por quatro associações: ASINCAR - Asociación de Industrias Cárnicas del Principado de Astúrias (Espanha), Packaging and Films Association (Pafa, Reino Unido), European Livestock and Meat Trade Union (Uecbv, Bélgica) e ARC - Asociatia Romana a Carnii (Itália) -, as empresas Soluções Integradas para Sistemas de Informação Lda (Portugal) e Industrias Cárnicas Alonso (Espanha), e três centros de investigação – Centro Tecnológico de la Industria Cárnica de la Rioja (Espanha), Tecnologías Avanzadas Inspiralia S.L. (Espanha) e OFI (Áustria).
Fonte e foto: foodwatcher.cl